quinta-feira, 21 de julho de 2011

Acordo entre visões diferentes

Bia e eu discutimos sobre a formação moral de um sujeito, A Bia tem uma visão católica e eu uma visão agnóstica, ou seja 2 visões bem divergentes, porem entramos em um consenso sobre como uma criança poderia ser criada.
Em nosso sociedade, a visão hétero normativa é incentivada constantemente para as crianças( em filmes, em novelas e tudo quanto é mídia, por exemplo, quanto de imagens uma criança vê de um homem e mulher se beijando? muitas né), e alem disto a visão homoafetiva é constantemente usada como forma de humor ou aberração ,porem não é vista como uma visão valida ou normal, mas constantemente caricaturada em programas de humor.
Eu acredito que existe um forte fator genético no homossexualismo, porem muitos vem argumentar comigo, que a sociedade também afeta essas "escolhas",( eu não vejo onde? se fosse por isso todo mundo era hétero ja que só existe incentivo para a hétero normatividade ) mas mesmo assim, o fator genético não é tudo, existe outros fatores que influenciam também, porem quando você incentiva a visão de que o homossexual é uma aberração esta escolha gera um arrependimento no homossexual ja que ele se sente culpado por ser diferente.
baseado nisto Eu e a Bia, entramos em um acordo,que para que a criação de uma criança seja dada esta "escolha", a criança tem que ter contato com grande numero de visões diversas, para que ela não tenham preconceito em relação ao desconhecido e já comece a ver estas outras pessoas como normais.
Este caso não se aplica só a homossexualidade, mas a outras culturas e etc. porem a Bia argumentou que é impossível ter contato com todos os tipos de culturas, e eu vou contra esta ideia dizendo que a pessoa teria que ter contato com as que ela teria a maior chance se conetar.
Então acabamos entrando nesse consenso . O mundo tem varias visões de mundo, muitas delas rivais, para que o mundo diminua os conflitos de crença, é necessário uma maior comunicação entre as culturas, para que o foco não seja a diferença entre elas, mas as coisas em comum.

Um exemplo de discussão entre pessoas com crenças totalmente diferentes que chegam à um acordo em comum é esta:

http://textosparareflexao.blogspot.com/2011/06/transcendencia.html

(o texto acima é sobre os "Diálogos de Waldemar Falcão, Marcelo Gleiser e Frei Betto em "Conversa sobre a fé e a ciência” (Ed. Agir)".)

Trechos do texto:
"
[4] Reparem que Frei Betto acaba de concordar com Gleiser no sentido de não aceitarmos a existência de verdades finais, acabadas, absolutas – ou, pelo menos, de não aceitarmos que já chegamos a sua compreensão completa. Todos aqueles que seguem manuais de verdades absolutas talvez ficassem atônitos ao saber que grandes religiosos e eclesiásticos, católicos como Frei Betto ou Pe. Fábio de Melo, antes consideram manuais de dúvidas divinas do que de verdades absolutas – embora todos os conheçam pelo mesmo nome. Onde há dúvida, há busca pela transcendência."
"
Frei Betto – Como soube fazer isso muito bem o apóstolo Paulo, que disse “fui grego com os gregos e judeu com os judeus”. Há uma briga explícita na Carta aos Gálatas, uma das 13 cartas contidas no Novo Testamento e que são consideradas sagradas pela Igreja Cristã, que Paulo escreveu, nas quais critica duramente Pedro. E Pedro era o papa! Pedro achava que para ser cristão o pagão deveria, primeiro, passar pelos ritos judaicos: circuncisão, observação dos ritos de pureza, etc. Paulo chega a dizer que Pedro é um homem de duas caras. Não conhecemos a resposta de Pedro, mas sabemos que Paulo viveu um momento da Igreja em que, pelo amor à Igreja, se podiam expressar críticas até ao papa, não tinha essa coisa de “amém” para toda forma de autoridade, achando que a autoridade é portadora da verdade. Muitas vezes ela falseia a verdade [7]."

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