terça-feira, 31 de maio de 2011

O Mito da Beleza



documentário sobre beleza

A estética não nasce do instinto humano, mas ela é construída, caso contrario as sociedades humanas seriam padronizadas no quesito estético. Porem até mesmo na "sociedade ocidental" os padrões estéticos são mutáveis.
Quando alguém afirma o "senso estético natural" esse alguém nega o mundo externo e a história. O padrão estético é definido pelas características físicas do grupo que manda, sendo que os que mandão são os mais bonitos e os que obedecem são os mais feios, com o capitalismo, o padrão de beleza passo a ser a do rico. Em um mundo de 7 bilhões de pessoas é impossível não existir gosto para tudo. A pessoa pode ter a aparecia que ela quiser, o grande problema está na "obrigatoriedade" em ter uma aparecia padrão, e essa aparecia padrão pode ser a pressão social para uma mulher ser magra, ter o cabelo como o da atriz da tv, fazer depilação e etc...,e tudo isso gera insegurança para essas mulheres( falo mulheres porque as grandes vitimas dessa falsa obrigatoriedade são as mulheres).
Se uma pessoa decide ter uma determinada aparecia ,ela vai ser elegante para alguns e horrível para outros, nem mesmo na mesma sociedade existe uma verdadeira padronização de gostos, porem a influencia cultural influencia o gosto de muita gente. Portanto quando uma pessoa quer ser "atraente"(de forma genérica), ela paga o preço de deixar de ser atraente para alguém que já gostava dela.
Dentro do capitalismo existe toda uma indústria que sobrevive fazendo propaganda de padrões de beleza ilusórios,como isso essas pessoas compram os produtos dessas empresas, ou seja, basicamente as empresas de estética estão atacando a aparência das pessoas para aumentarem sua lucratividade.
Além disto, muitos estudiosos, na tentativa de ignorar totalmente a cultura, e assim justificar seus preconceitos, publicam artigos tendenciosos mostrando que beleza é genética.

Exemplo de padrão de beleza diferente do nosso( Povo Surma) http://www.africanconservancy.org/member/bodyart/surmadisk.html
nesse povo o padrão de beleza é essa placa na boca, em uma entrevista Os homens Surma disseram estão nem ae para aparecia física e moral, virgindade ou fidelidade da mulher, mas a maioria do homens afirmaram que não se casaria com mulheres que não tivesse essa placa na boca.

OBS: nesse estudo mostra como a sociedade é machista.

Um experimento interessante é demonstrado aqui - http://diversityinc.com/content/1757/article/1301/

Bibliografia:
História da Beleza(de Umberto Eco), História da Feiúra(de Umberto Eco),O Corpo do Brasileiro: Estudos de Estética e Beleza(de Renato Da Silva Queiroz ), Cabelos de Axé: Identidade e Resistência(de Raul Lody)...
Obs:do livro Cabelo de Axé: Identidade e Resistência eu evitei entra em detalhes da problemática negra.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Para Abrir o Blog Colocarei o final do texto "Sobre a arte e o protagonismo histórico" da Profa. Dra. Ana Flávia C. Ramos:

Enfim,“rir das diferenças” talvez faça mesmo de todos mais humanos. Mas, historicamente, uns tem rido mais do que outros. E não só isso. Dizer que o problema da segregação não é culpa da imprensa, do sudeste, dos EUA ou dos nazistas passa a impressão de que não há luta, a sociedade simplesmente é assim. E tudo fica, ironicamente, “naturalizado”. Se não é culpa de ninguém, deixa tudo como está. Dessa forma, o conceito abstrato do velho barba sobre uma sociedade de classes que torna as diferenças em desigualdades, se torna quase que uma “justificativa” para o preconceito e a discriminação. Uma “fatalidade”, da qual não se pode fugir. Porém, eu prefiro me fiar naquelas palavras do mesmo barba de que o “motor da história” era a luta, a fricção, o combate protagonizado por todos, aquilo que gerava mudança, movimento. Construir uma sociedade verdadeiramente democrática é, sem dúvida nenhuma, levar em conta as reivindicações de todos os atores sociais.