terça-feira, 28 de junho de 2011

pós-modernidade do Patriarcado

"Os movimentos feministas denunciaram as relações hierárquicas entre os sexos, almejando colocá-las em um plano simétrico. Acreditamos que elas foram mais longe ao possibilitar que homens e mulheres saíssem do campo do singular para o domínio da pluralidade, do respeito às idiossincrasias. Preferimos o uso da expressão “mal-estar da pós-modernidade masculina” à crise de identidade masculina, por considerá-lo mais democrático. Assim cada homem, segundo seu próprio desejo e implicações psíquicas, possa descobrir a melhor forma de interagir consigo mesmo e com o mundo. Em outras palavras, o contexto pós-moderno possibilita que certos homens reflitam e modifiquem suas condutas sexuais caso desejem, bem como os autoriza a permanecerem representando o mundo através de uma ótica machista se assim o ambicionarem."

"sobre a crise da masculinidade, sugerimos, baseados em BOURDIEU (1999), que o homem, de maneira geral, tornou-se vítima do seu próprio afã de dominação sobre o gênero feminino. Se a cosmologia falocêntrica subjugou as mulheres, colocando-as em posições isubalternas, também produziu determinados tabus e mitos para a sexualidade masculina. Destacamos que a identidade masculina, na acepção deste sociólogo, é apreendida de forma relativa, sempre em oposição à feminilidade e aspirando a uma supremacia frente a outros homens. Além disso, a insígnia varonil é definida negativamente, ou seja, por aquilo que ele não é ou ao menos não deveria ser. Em outras palavras, o homem descobria primeiro as interdições do campo feminino para posteriormente descobrir o que a sociedade lhe reserva para alcançar os patamares da masculinidade."

"Desse modo, sinalizamos que os padrões culturais e as necessidades econômicas das diversas gerações erigem suas próprias exigências de comportamentos para homens e mulheres. Nessa direção, cabe referência à LANE (1996,p.16) quando considera a identidade como fruto da interação do indivíduo com os outros seres sociais e que a criança assume para si um mundo no qual os outros já vivem. Assim, acreditando que historicamente cada sociedade engendra critérios a serem cumpridos pelos homens para serem enquadrados dentro do campo da virilidade, BADINTER (1993), por exemplo, enumera três momentos decisivos na vida dos meninos na estruturação de suas identidades heterossexuais: a separação da mãe, a distinção entre seus corpos e o feminino, a prova de que não são gays. Pedro Nolasco (1995) acrescenta um outro: a necessidade de o homem desenvolver suas capacidades laborativas."

"a pesquisadora FERREIRA (1999) afirma que foi o movimento feminista que introduziu as discussões sobre a condição feminina no seio dos partidos políticos e das organizações sindicais maranhenses. Esta inserção das mulheres em lutas por uma melhor situação trabalhista ajudou a politizar seus próprios movimentos, que, até então, tinham um caráter desvinculado de qualquer engajamento partidário. Além disso, sinaliza que a década de 1980 foi o período de eclosão das conquistas feministas no Maranhão, graças à disseminação de políticas públicas que priorizaram a assistência governamental ao sexo feminino."

O Artigo abre a duvidas para o debate:
"como esses homens assimilaram as conquistas feministas? Foram obrigados a reavaliar suas posturas másculas? Ou continua a relacionar-se com suas parceiras seguindo uma ótica machista? Está mais livre para falar de seus sentimentos? Ainda acredita que é dever masculino o sustento da família? A independência financeira e a exigência sexual de sua parceira são vistas de maneira ansiogênica?"

Alem disto
"Considerando-se o contexto do grupo de homens investigados, um primeiro ponto a ser levantado é que não se pode falar em identidade masculina, mas em identidades masculinas, pois a expressividade de opiniões, algumas antagônicas, não permite a uniformização desta categoria."

"Vimos que os contextos socioculturais definem os próprios papéis masculinos e femininos segundo suas convivências e de forma a manter seu equilíbrio e funcionalidade interna, contudo a dinamicidade das relações de gêneros gerou e gerará, ela própria, transformações na concepção de masculinidade e feminilidade."

"Assim, alguns homens viveriam um “mal-estar pós-moderno”, pois estariam assustados com a possibilidade de reagir às demandas do ambiente, conforme suas subjetividades e as exigências de suas realidades psíquicas, algo para que não foram educados. Empregando-se o termo crise de forma abrangente, caímos em generalizações sempre nefastas para o ego, principalmente o masculino, devido a sua suscetibilidade a normatizações sociais. Pensar-se-ia novamente em homogeneizações, uniformizações de cânones viris. Passar-se-ia da assimetria sexual imposta pelo patriarcado para a obrigatoriedade de uma sensibilidade do ser masculino. O homem, por não internalizar rapidamente esta mudança de padrões, estaria em crise."

Homofobia e LGBTTTs

Resolvi colocar o post da professora doutora Lola Aronovich da UFC de hoje, porque acho que responde muitas duvidas sobre o assunto:

"Quando você sentiu vergonha de ser hétero? (nesse caso, em geral, a gente nem costuma se envergonhar dos outros héteros!). Quando você foi discrimina
do por ser hétero? A única resposta que um hétero tem na ponta da língua pra essa pergunta é “Quando fui a uma boate gay”."
Primeiro que não acredito muito nisso (héteros são bem tratados em boates gays).
Depois que, olha só, você teve que ir a um lugar específico para ser discriminado. Prum gay, lésbica, trans ser discriminado, tudo que el@ tem que fazer é sair à rua. Aliás, serve ser discriminado dentro de casa também. Não tem que ir a lugar nenhum pra sofrer discriminação, basta existir."
"Portanto, ter orgulho de ser hétero é querer celebrar a sorte que você tem simplesmente por ter nascido hétero."
"você tem e vai continuar tendo todo o direito de andar de mãos dadas, beijar, casar com alguém do sexo oposto, adotar uma criança, e ninguém vai te olhar feio. Ninguém vai te expulsar do recinto, ninguém vai te bater ou matar, ninguém vai querer te transformar, ninguém vai dizer que se envergonha de ser seu pai/mãe, ninguém vai pensar que sua orientação sexual é depravada ou relacioná-la à pedofilia, ninguém vai te despedir por ser hétero"
"ninguém vai dizer que o que você faz é pecado e que você vai arder no inferno por conta disso. Ou seja, você não precisa de uma data específica pra defender sua orientação sexual. Ela não está sob ataque. Todo santo dia você está mostrando seu orgulho hétero. Todo dia é um desfile sem fim pra você. Então, em vez de se orgulhar do seu privilégio, que tal envergonhar-se de viver numa sociedade que insiste em negar direitos a quem não é “normal” como você?"


outra coisa, se alguem conhece um homoafetivo que detesta héteros, isto não significa que os homoafetivos odeiam os héteros.

Alem disto, as frases dos homofobicos são todas iquais veja:

Na minha opinião, não existe motivo para se orgulhar de uma coisa que a muita gente tem, tipo, comemorar o fato de ter mão, e até fazer um dia da mão.
Mas se existe discriminação sou totalmente a favor de manifestações, afinal, o mundo só mudou porque as manifestações aconteceram.

Mais dados:
ninguém escolhe sua orientação sexual ou seja "ser gay não é escolha sexual":

e o estudo no livro “Handbook of Behavior Genetics” (Springer, 2009 - ISBN 978-0-387-76726-0; Cap. 19). o artigo a seguir é de autoria de Khytam Dawood, J. Michael Bailey e Nicholas G. Martin que são do Departamento de Psicologia e Centro de Genética do Desenvolvimento e da Saúde, Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA.(o Artigo completo aki: http://genepi.qimr.edu.au/contents/p/staff/NGMHandbookBehGen_Chapter19.pdf )

"Estudos de gêmeos, que comparam se o comportamento em questão é manifestado mais em gêmeos monozigóticos que em gêmeos dizigóticos. Manifestação maior em gêmeos monozigóticos indicaria base genética porque eles são geneticamente idênticos.

É importante notar que estes estudos precisam assumir que os gêmeos foram criados num mesmo ambiente, para que a diferença entre eles não possa ser atribuída aos ambientes em vez de à herança genética.

Os geneticistas calcularam um valor chamado concordância, que nada mais é que a proporção de pares de gêmeos em que a característica se manifesta nos dois em relação a todos os gêmeos estudados em que a característica se manifesta ao menos em um. Em dez estudos de homossexualidade, a média das concordâncias em gêmeos monozigóticos é 50% e nos dizigóticos é 14%, aproximadamente. A diferença é clara e estatisticamente significativa.

Outros estudos mais recentes dão valores diferentes, mas a tendência é: sempre que um gay tem um irmão gêmeo, é mais provável que o irmão gêmeo também seja gay se ele for gêmeo idêntico (monozigótico). Isso também corrobora participação de uma base genética na manifestação da orientação sexual, já que os gêmeos idênticos partilham praticamente 100% de seus genes, enquanto os gêmeos fraternos (dizigóticos) partilham 50% de seus genes como quaisquer outros irmãos. "

Sobre a fala da deputada Myrian Rios, que comparo homoafetividade a pedofilia , os estudos mostram o contrario:

In a study of 136 convicted sex offenders, over 80% had been involved in adult long-term heterosexual relationships.
- Simon C--1992, J Interpersonal Violence. 7:211-225
In a seventh study at the Children's Hospital in San Diego, of the 140 boys presenting with sexual abuse, only 4% of the assaults were by homosexuals.
- M Spencer-1986, Pediatrics 78 (1):133-138
In an eighth study, also at a children's hospital, of 269 children evaluated for sexual abuse by known adults, 0.7% of the children were abused by an indentified gay or lesbian adult and 88% were abused by identified heterosexuals. The rest of the children (of a total 352 children sample) were either abused by another child or teenager (21% of the total sample, all of whom were abused by opposite gender children/teens), or by strangers for whom no sexual orientation was known (11.6% of the total sample).
- Jenny C--1994, Pediatrics. 94(1):41-4

Privilégios dos heterossexuais:

"As piadinhas não giram em torno da minha orientação sexual."
"Não acham que sou um molestador de crianças."
"Não há passagens na bíblia condenando minha sexualidade."
"Não vão deixar de me contratar ou me mandar embora por eu gostar de mulher."
"Minha mulher pode adotar o meu sobrenome, se quiser."
"Ninguém quer me curar da minha sexualidade."
"Posso fazer declaração conjunta de imposto de renda."
"Posso adotar crianças e a sociedade vai me congratular por isso, não me achar um pervertido."
"Eu sou a norma"
"Meus pais não precisam fazer terapia pra aceitar minha orientação sexual. Aliás, nem preciso falar disso com eles."
"A polícia não me destrata por eu ser hétero."
"Quando ligo a TV ou vou ao cinema, vejo um monte de personagens héteros heroicos na tela."
"Skinheads não querem me espancar na rua por desconfiarem do meu jeito."
"Com minha namorada, podemos nos comportar como casal em reuniões de família, de trabalho e de amigos, que não estaremos "agredindo" ninguém."
"Minha sexualidade é considerada absolutamente normal."
"Posso abraçar, beijar e ficar de mãos dadas em público, sem que as pessoas achem que esta "exibindo" a sexualidade."
etc...etc...





segunda-feira, 20 de junho de 2011

Os Conflitos sociais gerados pela intolerância religiosa

(...) “religião procura dar sentido e motivo a quem somos ela está inextricavelmente ligada aos componentes diferentes da identidade humana, da mais básica como família, através dos componentes mais largos de comunidades, grupos étnicos, nações e povos, aos componentes mais amplos de humanidade e criação como um todo. Esses componentes da identidade humana são blocos do nosso bem-estar psiquico-espiritual, e os negamos por risco nosso. Cientistas que estudam a condição humana moderna apontaram para quanto justamente a contracultura, abuso de drogas, violência, cultos, etc. são procura por identidade na parte daqueles que perderam as suas bússolas tradicionais de orientação”.

“No relacionamento entre religião e identidade, os componentes ou círculos dentro dos círculos da nossa identidade afirmam quem somos, mas por definição afirmam no mesmo tempo quem não somos! Se a percepção da distinção e diferença estiver vista positiva ou negativamente, depende do contexto em que encontramos ou percebemos a nós mesmos”. (Rábi David Rosen)

Nestes fragmentos retirados do texto: “Religião, Identidade e Paz no Médio Oriente” de Rábi David Rosen é possível perceber a forte relação de identificação com a religião pela qual o indivíduo opta e as diferentes concepções estabelecidas entre elas. Durante todo o desenvolvimento do texto o autor busca responder a uma pergunta fundamental: Porque é que, em muitos contextos de conflito no nosso mundo, religião aparece fazer mais parte do problema do que da solução? E relacioná-la com os fatos que acontecem na atualidade, principalmente no Oriente Médio.

Para quem tiver interesse em obter mais conhecimento sobre esse assunto, acesse o site:

http://www.jcrelations.net/pt/?item=2615

Através deste link você pode ter acesso à leitura completa do texto em questão.

Para reflexão são sugeridos dois vídeos:

1 – Conflitos Religiosos no Oriente Médio




Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=2g-sxQY9UEE

2 - O Conflito no Oriente Médio

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=UGMliX43CgI

A partir das ideias expostas nos vídeos, percebe-se que uma das regiões que apresenta com freqüência conflitos políticos, étnicos e principalmente religiosos do pós-guerra é o Oriente Médio. Essa parte do globo terrestre transformou-se em um cenário de impasses, guerras e disputas ideológicas entre os diferentes povos que habitam esses países. Vale ressaltar que os conflitos de maior proporção são os que ocorrem entre árabes e israelenses concretizados por uma guerra civil do Líbano e também entre Irã e Iraque.

“Talvez a tolerância religiosa e principalmente o respeito seriam os primeiros passos para repensar todas essas questões e também evitar mais mortes por causa de diferentes ideologias sagradas”.

domingo, 19 de junho de 2011

O medo de ser feminista e o blacklash

"Embora o contra-ataque antifeminista não seja um movimento organizado, nem por isto deixa de ser destrutivo. Com efeito, a falta de coordenação, a ausência de uma única liderança só servem para torná-lo menos visível — e talvez mais eficiente. Um backlash contra os direitos da mulher tem sucesso na medida em que parece não ter conotações políticas, na medida em que se mostra como tudo, menos uma luta. Ele é tanto mais poderoso, quanto mais consegue transformar-se numa questão privada, penetrando na mente da mulher e torcendo a sua visão para dentro, até ela imaginar que a pressão está toda na cabeça dela, até ela começar a impor as regras do backlash a si mesma."

"Nos anos 80, o backlash andou pelos subterrâneos secretos da cultura, circulando pelos corredores da bajulação e do medo. Ao longo do caminho usou vários disfarces: desde a máscara de uma condescendente ironia até a expressão sofrida da "profunda preocupação". Os seus lábios demonstram piedade por qualquer mulher que não se enquadre na moldura, enquanto procura prendê-la na moldura. Professa uma estratégia de cizânia: solteiras contra casadas, mulheres que trabalham fora contra donas-de-casa, classe média contra operárias. Manipula um sistema de punição e recompensa, enaltecendo as mulheres que seguem as suas regras, isolando as que desobedecem. O backlash revende velhos mitos sobre as mulheres fazendo-os passar por fatos novos, ignorando qualquer apelo à razão. Acuado, nega a sua própria existência, levanta um dedo ameaçador contra o feminismo e procura desaparecer nos subterrâneos."

"Culpar o feminismo pela “vida inferior” das mulheres significa não entender nada do movimento feminista, que se propõe oferecer às mulheres um leque maior de experiências. O feminismo continua sendo um conceito bastante simples, apesar das repetidas — e extremamente eficazes — tentativas de pintá-lo com cores sombrias transformarem suas defensoras em verdadeiras gárgulas. Como escreveu Rebecca West ironicamente em 1913: “Eu mesma nunca cheguei a entender direito o que quer dizer feminismo: só sei que as pessoas me chamam de feminista toda vez que expresso sentimentos que me diferenciam de um capacho.”"

"O sentido da palavra “feminista” nada mudou desde que apareceu pela primeira vez numa resenha literária publicada na Athenaeum, em 27 de abril de 1895, descrevendo uma mulher que “tem nela a capacidade de lutar para chegar à sua própria independência.” É a proposta básica feita por Nora, há um século, em Casa de bonecas, de Ibsen, “antes de mais nada, eu sou um ser humano.” É simplesmente o cartaz que uma mocinha segurava em 1970 durante a Greve das Mulheres pela Igualdade: EU NÃO SOU UMA BONECA BARBIE. O feminismo pede que o mundo finalmente reconheça que as mulheres não são elementos decorativos, biscuits preciosos, membros de um “grupo de particular interesse”. Elas são metade (mais da metade, de fato, agora) da população nacional, tão merecedoras de direitos e de oportunidades, tão capazes de participar dos acontecimentos mundiais quanto os homens. O programa feminista é muito simples: pede que as mulheres não sejam forçadas a “escolher” entre justiça pública e felicidade privada. Pede que as mulheres sejam livres para definir a si mesmas — em lugar de terem a sua identidade definida pela cultura e pelos homens que as cercam."
Fonte:
"Backlash: the undeclared war against American women p21 e p22"

Vale lembrar que pequenos grupos realmente se organizam contra o feminismo, e usam o humor para ridicularizar as lutas feministas atualmente.

alguns links interessantes:
sobre um comentário, de uma das organizadoras da marcha das vadias
http://quecazzo.blogspot.com/2011/06/vadia-sim-feminista-nao.html
e so para concluir um post do blog pessoal da prf. lola aronovich da UFC sobre a marcha das vadias.

vale lembrar que o blocklash não acabou, ele está ainda forte hoje em dia e atua de diversas formas fazendo com que não so o feminismo mas os movimentos sociais sejam vistos como extremistas, afinal é preferível extremistas dos direitos humanos do que pacifistas contrario a esses direitos essenciais.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cultura, identidade e preconceito no Brasil


A formação social brasileira decorre de um processo histórico cultural recente, e tem na diversidade cultural seu ponto mais característico. A construção da identidade nacional brasileira sempre foi marcada pelo encontro (ou confronto) de elementos diversos: teve em sua fundação povos idiossincráticos - o colonizador europeu, o povo indígena nativo e o escravo africano. Esta base humana trocou saberes que erigiram história, território, língua e folclore peculiares.

A compreensão deste processo de formação de identidade cultural do nosso povo passa, necessariamente, pelo conhecimento do contexto geográfico, histórico, social e político de fundação do próprio Estado brasileiro.

A pluralidade que caracteriza a cultura brasileira, num primeiro momento, parece incompatível com o fortalecimento de um vínculo identitário, somos um país com diversidade étnica e cultural, que desde a origem se viu em contato com várias formas de discriminação.

Entretanto, a discussão acerca deste processo de sedimentação da identidade uma e homogênea, hoje, nos parece fora de foco. A sociedade pós-moderna, globalizada, dinâmica e com fronteiras flexíveis tem nos confrontado com o que Stuart Hall definiu como “crise de identidade”. Para este autor a “identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia. Ao invés disso, à medida em que os sistemas de significação e representação cultural se multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos identificar – ao menos temporariamente.”(p. 13 – A identidade cultural na pós-modernidade, 2006).

Ante a variedade de identidades que coexistem é difícil pensarmos a continuidade do processo discriminatório, em especial na sociedade brasileira. O preconceito é inconcebível em qualquer tempo e lugar, mais ainda em uma sociedade plural e miscigenada como a brasileira. Qualquer forma de preconceito nasce da arrogância em pensar o indivíduo, e, em sua extensão, a sociedade como construções únicas. Somos díspares e multifacetados, e por isto devemos disseminar mais tolerância e menos arbitrariedade.

“Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina que produz abundância tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido.” (Discurso de “O grande ditador”, de Charles Chaplin)

domingo, 12 de junho de 2011

Midia e o sexismo para crianças

Brinquedos Sexistas

Sexualisação das Crianças

Os vídeos são 2 criticas aos meios de comunicações, que varias vezes afetam a forma como as crianças criam seu conceito de "normal" e acabam fixando suas verdades naquilo que viram nos meios de comunicação

Subdivisões do patriarcado

Bom, no patriarcado mulheres devem ser sempre: emocionais e delicadas ou serão "masculinas" e devassas, enquanto que os homens devem ser sempre: viris e firmes, porem não é tão simples assim.
Dentro do patriarcado existe uma escala de valores e no topo dessa escala existe um ideal, que é um homem ideal, tanto o que as mulheres buscam quanto, o que os homens desejarão ser, ele é o "macho alfa", porem não pode esquecer que ele é um ideal, e esse padrão muda de tempos em tempos, alguns homens chegam perto desse ideal e se tornam privilegiados, porem nunca serão ele completo, e no final sempre haverá uma forma de frustração, porque essa pessoa vai estar em dívida constante com o ideal que ele foi induzido a seguir, ou seja ele tentara ser o "macho alfa" a todo momento, com tudo na vida.
Abaixo do "macho alfa'' existe a "mulher do macho alfa" porem para essa mulher chega a esse nivel ela tem que se enquadra no padrão de beleza,ela pode até ganha vantagens em relação a outros homens e mulheres fazendo com que os outros e ela mesmo pense que está bem, mas na verdade, ela está constantemente lutando para se adequar ao padrão de beleza, muitas vezes destruindo o próprio corpo e mente.
Abaixo dessa categoria , está os homens que estão distante do ideal do "macho alfa", ou por não ter ter características que não se adequada ao padrão de "macho alfa" ou por não conseguir conquista a mulher do topo do padrão de beleza.
Abaixo desses homens estão as mulheres que estão distantes do padrão de beleza, e abaixo delas todo os outros tipos como exemplo os homo-sexuais... ou seja todo o resto que esta longe dos ideais construídos dentro dessa estrutura social.
A sociedade patriarcal pode subdividir as mulheres pela forma do seu corpo, algumas são mais bonitas e outras mais feias, porem essa visão não acontece para os homens, nos homens existe a subdivisão de o quanto mais perto ou mais longe ele esta do padrão "macho alfa".
E por fim existe a visão de mulher puta ou santa, se ela não é puta então ela é santa, e o "macho alfa" busca a santa para casar e a puta para trair.
Claro que esse padrão e altamente repressivo em nossa sociedade, e ele também foi criados com anos e anos de tv e revistas, se fizerem uma busca na internet é possível encontrar milhares de guias de ,como ser mulher e como ser homem, mas isso so prova mais ainda que esses padrões são construção social, o machismo é algo comum e normal na sociedade patriarcal.

Vale apena lembrar que as visões expostas, são ligadas com meu ponto de vista, e a intenção é gerar um debate sobre os problemas e influencias do patriarcado.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Quebrando o Tabu



Foi lançado no dia 3 de junho o documentário "Quebrando o Tabu", projeto do jovem diretor Fernando Grostein Andrade, e traz uma linguagem objetiva e convincente dos problemas sociais e jurídicos que caracterizam a polemicidade da descriminalização das drogas.

O documentário é ancorado na figura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dando, assim, credibilidade ao projeto que visa confrontar com profundidade e, principalmente, com visão racional da realidade, sem abstrações intangíveis.

Portanto é possível realizar o confronto entre a ala extrema conservadora e a ala extrema liberal. Nesse ponto há o encontro entre o documentário e nosso projeto de pesquisa, o confronto de idéias de acordo com classe social, genero, geração e tribos sociais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Primeiro contato com o preconceito

A história da colonização brasileira teve o primeiro registro de choque de culturas quando do encontro do povo indígena com o colonizador europeu, encontro este marcado pela subjugação e pela face mais cruel do preconceito: o que extermina.

Lévi-Strauss bem definiu este momento de surpresa face ao desconhecido:

“Enquanto os brancos proclamavam que os índios eram animais, os segundos contentavam-se em suspeitar que os primeiros fossem deuses. Em nível idêntico de ignorância, o último procedimento era, com certeza, mais digno de homens.” (excerto extraído de Tristes Tópicos)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Machismo no premio Nobel

http://partialobjects.com/2011/06/nobel-prize-winning-author-thinks-women-cant-write/

esse artigo faz a analise psicológica de um ganhador do premio Nobel que é claramente machista,
"Naipaul is very comfortable in a world that has evolved socially to ensure that people like him are comfortable. When he was younger, it is almost certain that his teachers, mentors, and colleagues were all men. His father was also a published author. This is what Naipaul considers normal"
"What is amazing to me is the grotesque lack of intellectual curiosity to investigate that existence or to understand what it is that women who write (not “women writers”) are trying to communicate. It all strikes him as “banal” because he’s heard it many times but has never chosen to listen. Are you complaining about rampant domestic abuse again? You sound like a broken record"

basicamente o autor diz que o ganhador do premio Nobel, não é capaz de ver seus benefícios em ser homem e tenta interiorizar tudo que é externo a ele.

Feminismo X Patriarcado.

O Patriarcado

Um dos grandes problemas da sociedade é a estrutura patriarcal, estrutura essa que oprime homens e mulheres, forçando eles e elas a seguirem um "sistemas de normas". Segundo Judit Butler, o patriarcado é a divisão de dois gêneros, o masculino e o feminino, ou seja, o jeito de ser mulher ou homem (através da observação da Tatyane:"Butler indicava, assim, que o sexo não é natural, mas é ele também discursivo e cultural como o gênero"),ou seja a atitude masculina ou feminina, o pensamento feminino ou masculino que é o gênero.
O gênero cria o que vemos no corpo, e no patriarcado determina que mulheres devem ser sempre: emocionais e delicadas ou serão "masculinas" e devassas, enquanto que os homens devem ser sempre: viris e firmes.
Porem essas criações do patriarcado não corresponde a realidade, mas são condicionadas na infância(os brinquedos são sexistas, bonecas para meninas e carros para meninos), e isso gera muita infelicidade a quem não correspondem a essas exigências.
O patriarcado não é só o machismo, mas o patriarcado engloba o machismo, junto com muitos outros fatores,como um exemplo de outro fator seria a violência contra as mulheres, como demonstrado nesse estudo: http://revistapraedicatio.inf.br/download/artigo06.pdf
Pelo fato da cultura Patriarcal defender apenas dois sexos, quem sai fora dessa linha pode vir a sofrer atos de violência, discriminação e etc(exemplo os homossexuais).
O padrão de beleza também é provavelmente criação do patriarcado, já que quem mais é beneficiado com esse padrão é o homem(por exemplo:o homem não tem "obrigatoriedade" de passa a cera quente na perna)
É possível até que o patriarcado faça a historia ser vista com o olhar masculino, e os maiores cientistas serem homens.
E tecnicamente não mudaria muita coisa se o machismo sumisse mas a estrutura patriarcal continuasse(já que o grande problema é a própria estrutura patriarcal)
O machismo são discursos e atos que só existem dentro da sociedade patriarcal.
Existe pessoas que colocam o homem(gênero masculino) como um ser "selvagem" por natureza, porem ao apoiarem esta idéia, eles fortalecem a estrutura patriarcal, já que esse discurso apoiá a defesa de estupradores, que falam que estupraram alguém(na grande maioria mulheres), porque ela estava dando bola ou vestida de forma provocante("e ele é um selvagem mesmo vai fazer o que né").
Mas o problema não é que ele é um selvagem, mas é que a estrutura da sociedade é patriarcal e ele cresceu nesse mundo e essas idéias do patriarcado afetaram uma parte da psyque dele.

O Feminismo

Bom para não gerar problemas, vou definir oque é feminismo:
Feminismo é o movimento de cunho social, filosófico e político que tem como objetivo combater o patriarcado.
È possível observar que a definição de feminismo não tem nada haver com a definição de machismo(relembrando "O machismo são discursos e atos que só existem dentro da sociedade patriarcal.") a não ser que uma das coisas que o feminismo combate é o machismo.
Muitas pessoas falam que as feministas querem dominar o mundo, só que se elas querem dominar, não pode ser definidas como feministas(já que a busca do feminismo resulta na igualdade de gêneros).
Outro problema é gente que se sente incomodada com discursos feministas, bom "Se o discurso feminista te incomoda, se você se sente "patrulhado" pelas "feminazis" "mal-comidas", se você mudou seu comportamento por causa disso, então, sim, talvez sem nem saber, talvez contra a sua vontade, vamos encarar os fatos, você é machista." (fonte: http://www.interney.net/blogs/lll/2010/12/17/feminazi/).

Bom, vale apena lembrar que as visões expostas, são ligadas com meu ponto de vista, e a intenção é gerar um debate sobre os problemas e influencias do patriarcado, até mesmo os objetivos do feminismo pode ser diferentes dos expostos aki, porem a base do que é patriarcado e feminismo, foram expostos aki.

Bibliografia:
O que é feminismo(de Jacqueline Pitanguy e Branca Moreira Alves)
Problemas do Gênero: Feminismo e Subversão de Identidade( de J. Butler).

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Abaixo Assinado

Se você é a favor da criminalização da homofobia,


E deseja ajudar esta causa assine o abaixo assinado online:




Diga não ao preconceito e sim ao respeito!

O caso da Homofobia no Brasil

Algumas questões para refletir:


Você é a favor da criminalização da homofobia?
Qual a sua opinião sobre o Kit anti-homofobia?
Você acha que no Brasil existe preconceito?
E se existe preconceito, ele é em sua maioria demonstrado abertamente ou mascarado?


Demonstração de preconceito “disfarçado”

O caso da Homofobia no Brasil


Um só país, várias culturas.


Brasil não é um país com uma cultura única ou restrita a alguns costumes. Cada região brasileira tem costumes, crenças e tradições diferentes, e até mesmo dentro do limite de uma determinada região existem aspectos culturais divergentes. Mesmo o país sendo multicultural muitos julgam os que não se enquadram no mesmo padrão “comum” pré- estabelecido pela sociedade. Praticando dessa forma o preconceito o que inevitavelmente leva a discriminação. Entretanto essa demonstração no Brasil por vezes não se dá abertamente, pois muitas pessoas têm preconceitos e fingem que não. Ou seja, no Brasil a discriminação é disfarçada de igualdade.
A dificuldade existente é a de como garantir a igualdade entre todos, sem desrespeitar ou restringir as diferenças dos indivíduos.
Assim sofrem discriminação os indivíduos que estão acima ou abaixo do peso, ou seja, que estão fora do padrão estético; pessoas de etnias diferentes, classes sociais, de outras religiões e crenças, pessoas que possuem outra opção sexual.


O que é homofobia?

Entende-se homofobia como o termo usado para a manifestação de sentimentos como medo, ódio irracional, aversão contra os indivíduos que possuem uma atração afetiva por pessoas do mesmo sexo. Sendo esse sentimento a base para a discriminação contra gays, lésbicas, bissexuais entre outros. Por vezes a expressão dessa aversão se dá através de atos preconceituosos tais como: a exclusão social do indivíduo, xingamentos através de vocabulário ofensivo, chegando até a casos mais extremos em que esse ódio irracional se manifesta por meio de atos violentos.





Casos de Homofobia na mídia

Essa problemática tem ganhado espaço na mídia em casos de ataques a homossexuais, segue um exemplo:

“Um grupo formado por quatro menores e um jovem de 19 anos, todos de classe alta, agrediu com socos, chutes, pauladas e lâmpadas fluorescentes três pedestres que caminhavam na avenida Paulista. Agressão foi motivada pelo fato de as vítimas serem ou estarem acompanhadas de homossexuais. Na mesma noite, o mesmo grupo teria atacado ainda outros dois jovens também na avenida Paulista”.



*Fonte: Uol notícia, Cotidiano “veja a cronologia recente dos casos de homofobia no país”
Disponível em:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/12/10/veja-a-cronologia-recente-dos-%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20casos-de-%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20homofobia-no-pais.jhtm ; acessado no dia 02/06/2011



Link para um cronologia feito pela UOl Notícias, Cotidiano mostrando os recentes casos de homofobia:

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/12/10/veja-a-cronologia-recente-dos-casos-de-homofobia-no-pais.jhtm

Essa repreensão da sociedade faz com que muitas pessoas se oprimam e escondam sua opção sexual com receio de represálias. Essas represálias muitas vezes são realizadas pelos próprios familiares. Obrigando essas pessoas a abrir mão de sua personalidade em função da pressão externa exercida sobre eles.

“A homofobia é como o racismo, o anti-semitismo e outras formas de intolerância na medida em que procura desumanizar um grande grupo de pessoas, negar a sua humanidade, dignidade e personalidade." - Discurso de 1998 da ativista e líder dos direitos civis Coretta Scott King

* fonte: Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Homofobia . acessado em 02/06/2011



Link para a reportagem:


“Evangélicos barram votação de projeto contra homofobia”



A polêmica do Kit anti-homofobia

Esse tema tem causado grande polêmica, dividindo opiniões entre a distribuição ou não aos alunos. A questão levantada é acerca do conteúdo do Kit e o modo comse é discutido nos vídeos. Ou argumento é se esse Kit não poderia gerar mais preconceitos com suas exibições.




A seguir trechos da reportagem:



“ Veja vídeos do kit anti-homofobia do MEC” do Correio do Estado.

“Um kit anti-homofobia do Ministério da Educação (MEC) vem causando polêmica no Congresso. O material que trata de homossexualidade é composto por uma cartilha e três vídeos e deve ser distribuído em turmas do ensino médio de 6 mil escolas. Alguns deputados já demonstram revolta diante o material desde o ano passado”.

(...)


A elaboração do kit é uma das ações do Programa Brasil sem Homofobia, lançado pelo governo federal em 2004. Seu conteúdo foi definido por ONGs a pedido do MEC. Segundo a coordenadora de elaboração do kit, Maria Helena Peres, o kit serve como guia para professores que queiram tratar o assunto com alunos e com a comunidade acadêmica.


“O preconceito parte de todo lugar, inclusive de funcionários, então a ideia é levar a discussão para a sala de aula e para reuniões de pais e mestres”, explica.


Maria Helena conta que a cartilha traz conceitos teóricos relacionados à sexualidade. Ela explica, por exemplo, o que é gênero, homossexualidade e diversidade sexual. Além disso, traz sugestões de oficinas que podem ser feitas nas escolas e dicas de filmes que tratam sobre o assunto.


O guia do professor é acompanhado por três vídeos que podem ou não ser apresentados ao aluno. “A ideia é que se faça uma discussão a partir dos vídeos, mas a exibição deles fica a critério do professor”, diz.


Para ver a reportagem na integra e assistir aos vídeos acesse:
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/veja-videos-do-kit-anti-homofobia-do-mec_111320/


Por: Sandy.



Apresentação sobre a história da maconha visando estabelecer bases para uma pesquisa que envolve os principais conflitos entre grupos sociais, e sociedade e Estado.
Este primeiro passo foi elaborado para ser apresentado no estande da professora Andrea Paula em Santo André, que, devido ao não funcionamento do transporte público, corre risco de não ser apresentado.

http://www.4shared.com/document/Trkznnxk/Legalizao_da_maconha_e_seus_co.html

Intolerância Religiosa



Um termo que expõe de forma significativa a postura de um determinado indivíduo em relação à falta de habilidade em identificar e respeitar as diferentes crenças e práticas religiosas de outras pessoas. Como resultado dessas atitudes pode surgir conflitos sociais e perseguições religiosas, acontecimentos comuns ao longo da história, como a forte pressão sobre a entrada de mulçumanos nos Estados Unidos após o atentado terrorista de 11 de setembro.    


Os traços do preconceito religioso

“Desde a colonização, quando os negros foram seqüestrados do território africano e foram trazidos como mão-de-obra escrava para o Brasil, que seus valores, sua cultura, sua religião, enfim, suas heranças africanas lhes foram arrancadas. A orientação oficial da igreja que justificava a escravidão naquela época era o argumento de que os negros não tinham alma e não tinham uma religião; portanto, podiam ser desrespeitados e escravizados (fatos que os livros didáticos no Brasil não mostram). Assim, o negro teve que abrir mão de sua religião, de seus costumes, de seus valores, de sua visão de mundo, de sua visão de sociedade e de Estado para enfrentar uma realidade de perseguição aqui no Brasil”. (Por Profª Espec. Mara Sílvia Jucá Acácio)
Diante deste trecho do texto “Intolerância Religiosa” da Profª Espec. Mara Sílvia Jucá Acácio percebe-se que o movimento de práticas intolerantes em relação à opção religiosa de cada pessoa já podia ser percebido na época da escravidão. A impossibilidade de viver segundo a religião africana fez com os escravos passassem a adorar santos de portugueses e espanhóis como uma forma mascarada de cultuar seus orixás. A demora no reconhecimento de manifestações religiosas que ocorreu somente na Constituição de 1988 fez com que ocorresse um atraso no reconhecimento do camdomblé e da ubanda no Brasil, o que segundo a autora: (...) levou à falta de com preensão, de informações desses direitos para a maioria das pessoas o que permitiu o crescimento da intolerância religiosa que é uma das  questões   centrais  que  a humanidade enfrenta hoje não só no Brasil, mas em quase toda parte do planeta”.
 
Para promover o debate sobre a intolerância religiosa abaixo são apresentados alguns links que revelam as diferenças optativas presentes em diversas formas de expressar a religião:
Redefinindo Religião – Ateísmo.
Comissão de Combate à Intolerância religiosa – Ateofobia, uma intolerância tão gritante, mas tão pouco notada.
Definindo Irreligião.
Como saber se você é um Intolerante!
Serão os religiosos narcisistas?
Cronologia das religiões.
Mitos, ciência e religiosidade.
A história da religião – Cinco mil anos de religião (Mapa interativo)
http://textosparareflexao.blogspot.com/2010/04/5-mil-anos-de-religiao.html

Ao analisar todas as exposições dos links que vai desde explicação de definições até mesmo a tentativa de resposta de algumas perguntas frequentes nos meios religiosos; é possível perceber que a religião é uma das áreas de convivência humana que mais apresenta conflitos sociais. Isto porque a maneira com que cada cultura educa a sociedade segundo alguma religião promove a intolerância a partir do momento em que um determinado indivíduo não tem conhecimento necessário sobre as práticas religiosas do outro. A partir disso começa a surgir a falta de entendimento, o julgamento precipitado, a não identificação com a cultura do outro e principalmente a ausência de respeito, o que agrava o problema.

Mídia sobre Intolerância Religiosa
O vídeo a seguir relata o discurso de Barack Obama, líder mundial influente, sobre a diversidade cultural e religiosa, principalmente nos Estados Unidos, defendendo o respeito a todas as práticas religiosas. O presidente dos Estados Unidos lembra que é preciso encontrar um ponto universal de convivência humana e não individualizar suas opiniões sobre determinado assunto, pois isso pode gerar a intolerância religiosa. Assista ao vídeo:
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=xqpe4fXsRqw&feature=player_embedded
Também recomendo a leitura de um guia que mostra a luta contra a intolerância religiosa e o racismo, elaborado por Jorge da Silva da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (Fórum de Diálogo Inter – religioso – RJ).
Para ter acesso ao guia entre em:
Para finalizar, deixo em destaque uma notícia que revela que a intolerância religiosa é considerada como um novo tipo de racismo que se agrava cada vez mais, principalmente em países do oriente. O tema da notícia é: "Intolerância religiosa é o 'novo racismo', alerta ONG. Foi publicada em 01 de julho de 2010, acessado em 02 de junho de 2011, disponível em:

 

NÃO SÓ TOLERÂNCIA, MAS RESPEITO PELAS PRÁTICAS RELIGIOSAS”.