No início deste ano houve a criação, em Genebra, de uma comissão internacional sobre políticas de drogas sustentada pela credibilidade de ex-presidentes, ganhadores do Prêmio Nobel, e especialistas de diversas areas das ciências humanas.
Um dos principais motivos para a criação dessa comissão é o vasto campo de atuação de traficantes de grande porte, como os traficantes internacionais, e de traficantes de pequeno porte, caracterizados principalmente por pessoas que vendem para poder consumir mais. Essa atuação, atualmente, representa um risco em potencial a várias democracias.
Nos ultimos 40 anos não houve significativa diminuição do uso e do comércio de entorpecentes, revelando um sistema de políticas anti-drogas (como educação de crianças e jovem acerca dos maleficios das drogas, políticas de coerção contra comércio e uso etc) ineficiente. A exemplo do exposto, nos EUA da década de 1970 pelo menos 50% dos estudantes do ensino médio disseram que já haviam experimentado algum tipo de droga ilegal. Na década de 2000 houve uma nova avaliação e o resultado foi que "48% dos estudantes de ensino médio disseram já ter usado algum tipo de droga ilicita".
Ancorados nas estatísticas pessimistas, alguns especialistas defendem a descriminalização ou mesmo a legalização da maconha, outros defendem o abrandamento da pena para traficantes de pequeno porte, o que tem sido recebido com hostilidade para a maioria dos envolvidos na comissão.
O que se tira de mais importante é o reconhecimento do problema e a busca por alternativas que visam oferecer caminhos novos para um debate que se mostrou ineficaz até hoje e sem consenso algum por parte dos integrantes e por parte da sociedade.
Fonte:
Clipping Eletrônico Associação dos Advogados de São Paulo (AASP)
Documentário "A História da maconha" - The History Channel
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